30 dezembro 2009
27 dezembro 2009
23 dezembro 2009
22 dezembro 2009
Feliz Natal a todos!!!
Freya Stark
Feliz Natal!
19 dezembro 2009
Então é Natal!
Concerto de Inauguração da Árvore de Natal na Lagoa Rodrigo de Freitas - Rio de Janeiro - BRASIL.
17 dezembro 2009
13 dezembro 2009
Robert Dilts descreve a PNL
Ele é responsável pela maior parte das aplicações práticas, estratégias cognitivas e sistemas de crenças que têm sido hoje chamada de PNL Sistémica. Entre outras coisas, ele foi responsável por um estudo profundo de comunicação, liderança e criatividade da Fiat e da Italian National Rail Society, assim como por um projecto piloto de desenvolvimento sistémico em gerentes da IBM na Europa.
Dilts actualmente é o mais cogitado Trainer e Consultor de PNL no Planeta. Seu segredo: genialidade, uma mente metódica e detalhada, uma habilidade real em se comunicar de maneira acessível e uma simplicidade incomum. Seu comprometimento em “Criar um mundo onde as pessoas queiram pertencer” é uma verdadeira fonte de inspiração.
21 novembro 2009
Um trabalhinho para você, aceita?
Como você tem se comportado com relação às outras pessoas que passam pela sua vida?
De que forma tem olhado à sua volta?
Tem julgado os outros pelas suas aparências e suas atitudes?
Tem se sentido feliz e espalhado felicidade ao mundo?
Assista o vídeo e repense a forma como você tem vivido...
O que você pode fazer HOJE para mudar o mundo a tua volta?
O que você pode fazer AGORA para ajudar às pessoas que te cercam?
O que é você pode fazer para ser mais feliz e proporcionar mais felicidade aos outros?
Lembre-se: A informação mais importante sobre alguém é o seu comportamento.
O comportamento é transformável e o comportamento actual é a melhor escolha que se tem no momento.
O comportamento de alguém não é a pessoa (aceite a pessoa, transforme o comportamento).
As pessoas têm todos os recursos de que necessitam para ter sucesso (não há pessoas sem recursos, há pessoas que não empregam os seus recursos).
O que você pode fazer para ajudá-la a empregar seus recursos?
Você está a empregar os seus???
Fernanda Zimmermann
Life, Executive & Spiritual Coach
15 novembro 2009
Words that make sense
Created by BYU visual arts professor Brent Barson and 11 of his graphic design students
13 novembro 2009
10 novembro 2009
Circunstâncias
08 novembro 2009
Linguagem Corporal
Albert Mehrabian, professor de psicologia da Universidade da Califórnia (UCLA), conduziu a partir de 1967 estudos que originaram a Teoria 7-38-55, publicada no Journal of Consulting Psychology com o título “Inference of attitudes from nonverbal communication in two channels”.
O estudo indica que no processo de comunicação:
- 7% do impacto da mensagem decorre de seu conteúdo,
- 38% da comunicação verbal (volume, intensidade e velocidade da voz)
- 55% da linguagem não-verbal (gestos, postura, contacto visual)
Portanto, o sucesso da comunicação interpessoal não está naquilo que você diz, mas em como diz.
Veja um exemplo no vídeo a seguir:
07 novembro 2009
Pistas de Acesso Ocular
06 novembro 2009
Curso de pensamento criativo: A Realidade (ir)Real | Recomendo!
- Criatividade: Definição do conceito
- Modelos psicológicos: Preferências cerebrais,PNL, Pensamento lateral.
- Atitude criativa: Fases do processo criativo, Mitos, Barreiras à criatividade.
Estado de espírito positivo: Decidir ser criativo, Suspensão de julgamento, Importância do meio, comunicação, fontes de criatividade. - Processo e prática da criatividade: Componentes da inteligência divergente, Actividades diárias.
- Técnicas de criatividade: Brainstorming, Mapas mentais, Seis chapéus do pensamento.
Solicite informações detalhadas via e-mail info@immensus-saberes.pt
Formadora: JoanaRSSousa
http://www.filosofiacomcriancas.com/ http://joanarssousa.blogspot.com/
"Eu vou participar. E você? Está esperando o que para fazer a sua inscrição?"
Teresa
05 novembro 2009
Feedback sobre o Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL
29 outubro 2009
Lindo Sistema | Black Eyed Peas - na Oprah
Tudo estava combinado para a realização de um show da banda em Chicago, para executar o hit ”I gotta feeling”, na abertura da nova temporada do programa da apresentadora.
A surpresa ficou por conta da atitude da plateia, que realizou a MAIOR AÇÃO DE FLASH MOB QUE SE TEM NOTÍCIA ATÉ HOJE!
Sem que Oprah soubesse, William criou com um grupo de dançarinos uma coreografia e chamou 800 fãs para o espectáculo de TV. As 800 pessoas aprenderam os passos e o ensinaram para mais de 20.000.
Oprah não acreditou no que viu e o vídeo promocional deverá causar ainda muitos comentários ao redor do planeta
25 outubro 2009
Marketing and Sales Excellence
24 outubro 2009
Grupo de Estudo PNL - LISBOA | 31 de Outubro
Tema: Posições Perceptivas – Desenvolver a Flexibilidade nos Comportamentos
Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL | 31 de Outubro
Próxima sessão: 31 de Outubro, das 14h00 às 18h00
Tema: Posições Perceptivas – Prática de Técnicas Específicas
- Você é Practitioner, Master ou Trainer em PNL e está a procura da sua
«Tribo»?- Gostaria de ter contacto com profissionais da PNL e partilhar
experiências de como aplicar a PNL na sua área profissional?- Gostaria de rever e praticar as técnicas específicas da PNL?
- Você já frequentou alguma formação na área da PNL e gostaria de reciclar conhecimentos?
Quem pode participar?
Practitioners Master Trainers em PNL
Pessoas que tenham frequentado um curso de iniciação a PNL (mínimo 16H)
Participantes do Grupo de Estudo PNL – Lisboa que tenham participado de no mínimo 5 encontros do Grupo
Investimento
O valor cobrado para cada sessão do grupo de estudo é de 25 € (Isento de IVA).
No final de cada sessão serão entregues certificados de Participação
Informações e Inscrições: (Vagas Limitadas)
CDRH – Consultores – 21 7152040
Teresa Amorim – tamorim@cdrh-consultores.com
21 outubro 2009
Metaforum World Camp 2010 - PNL & Coaching
Eu vou participar no Camp em 2010 e você?
Oferecemos descontos de 20% para inscrições feitas através da CDRH
Entre em contacto connosco ( geral@cdrh-consultores.com) e receba mais informações sobre o Metaforum World Camp 2010.
18 outubro 2009
15 outubro 2009
29 setembro 2009
30 agosto 2009
22 agosto 2009
11 agosto 2009
10 agosto 2009
06 agosto 2009
Workshop Iniciação à PNL
Objectivos do Workshop
Neste Workshop, o participante terá a oportunidade de conhecer um pouco da história da PNL, sua aplicabilidade, aprender sobre o padrão de funcionamento do cérebro
e terá acesso a algumas ferramentas básicas que poderá utilizar na sua vida pessoal e profissional.
Este Workshop proporcionará o conhecimento essencial para quem deseje iniciar a sua formação em Programação Neurolinguística.
O que irá aprender?
As inovadoras técnicas da PNL que serão aplicadas no decorrer deste Workshop têm como objectivo possibilitar que os participantes aprendam:
- Utilizar a verdadeira linguagem do cérebro
- Progredir através da conquista real de objectivos
- Comunicar estrategicamente e influenciar pessoas de maneira ética
- Criar “rapport” e aumentar a sintonia com as outras pessoas
- Como colocar-se instantaneamente num estado de máximo desempenho mental e emocional,
- Utilizar a Neurolinguística na vida pessoal e profissional
Prática
Após a frequência deste Workshop os participantes estarão aptos a participar do Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL – Lisboa.
Este Grupo é constituido por Practitioners, Masters, Trainers em PNL e pessoas com conhecimentos em PNL que se reunem um sábado por mês na CDRH – Consultores para praticar as técnicas da PNL.
- Possibilidade de contar com pessoas determinadas com foco em objectivos e resultados
- Sinergia entre os diversos sectores da empresa
- Optimizar as relações interpessoais entre os colaboradores e equipas de trabalho
- Descobrir as estratégias mentais de compra dos clientes para optimizar as vendas
- Conduzir equipas de trabalho com os objectivos alinhados aos objectivos da empresa
- Melhor compreensão de si e do outro;
- Optimizar relacionamentos profissionais e pessoais;
- Definir objectivos que sejam mensuráveis, motivadores e realistas
- Gerar novas perspectivas e alternativas de comportamentos e emoções;
- Aumento no nível de realização pessoal e profissional
Profissionais de diversas áreas que tenham interesse na temática da PNL e pretendam ampliar a sua eficácia pessoal e profissional.
Teresa Amorim – Trainer em Programação Neurolinguística, Coach certificada pelo ECA -European Coaching Association e pelo ICI – International Association of Coaching-Institutes, Formadora intra e inter empresas na área Comportamental.
Local de Realização
Rua Padre Américo, nº 19D – sala D, Telheiras
Informações e Inscrições
Vagas Limitadas – máximo 10 participantes
21 7152040 / 91 844 9880
geral@cdrh-consultores.com / http://www.cdrh-consultores.com/
Encontre a sua «Tribo»:Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL - LISBOA
- Você é Practitioner, Master ou Trainer em PNL e está a procura da sua «Tribo»?
- Gostaria de ter contacto com profissionais da PNL e partilhar experiências de como aplicar a PNL na sua área profissional?
- Gostaria de rever e praticar as técnicas específicas da PNL?
- Você já frequentou alguma formação na área da PNL e gostaria de reciclar conhecimentos?
Se respondeu que sim a pelo menos uma das questões acima, você tem o perfil das pessoas que procuram e participam do Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL - LISBOA
Objectivos
O Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL – LISBOA é um projecto da CDRH – Consultores que tem como principal objectivo promover a sinergia entre os Practitioners, Masters e Trainers em PNL para o aperfeiçoamento e prática das técnicas específicas da PNL.
Quando e Onde Acontece?
O Grupo Aplicação e Desenvolvimento de Técnicas de PNL – LISBOA irá realizar-se sempre no último sábado de cada mês, das 09h30 às 13h30.
Os encontros do Grupo vão decorrer nas instalações da CDRH – Consultores, na Rua Padre Américo, 19D – sala D, Telheiras
Quem pode participar?
Practitioners, Master e Trainers em PNL
Pessoas que tenham frequentado um curso de iniciação a PNL (mínimo 16H)
Participantes do Grupo de Estudo PNL – Lisboa que tenham participado de no mínimo 5 encontros do Grupo
Informações e Inscrições:
Teresa Amorim – tamorim@cdrh-consultores.com
31 julho 2009
Próxima sessão do Grupo de Estudo PNL - LISBOA
18 julho 2009
Encontro 18 de Julho
O meu muito obrigado a todos os que estiveram presentes e um especial agradecimento ao Luis Vicente ( da Estrutura da Magia) e ao Hugo Sanina.
Teresa
10 julho 2009
A Mandala do Ser
A presença é uma seqüência natural do centramento. Se você estiver centrado vai ficar mais presente. Presença é ter o corpo e a mente no mesmo lugar. O corpo está sempre presente, mas a mente viaja. Então o corpo é o principal caminho para estar presente porque o corpo só pode ficar no presente. Se quiser trazer a mente para o presente, traga-a para o corpo.
O que traz a mente para o corpo e o que a faz sair? Qual é a parte que observa para onde a atenção foi?
A mente é como um macaco que fica pulando e não pára para ficar aqui.
Não precisa se livrar dos pensamentos, o que você resiste, persiste. Apenas trazer a atenção para o presente. Isto é o que faz a meditação. Qualquer coisa da qual estiver consciente você é mais ou maior do que ela. No ato de tornar-se presente já está no presente.
A Mandala do Ser, segundo Richard Moss MD, é um mapa do momento presente, uma representação da consciência com forte orientação para o centro. Ela trabalha em como trazer as pessoas para o presente.
A mente é formada por 2 eixos: futuro presente e eu outros.
O tempo é um construto psicológico. Aristóteles afirmava: “É surpreendente o tempo que gastamos pensando no que foi e não é mais e naquilo que poderia ser.”
O que sabemos sobre o futuro é que não sabemos sobre ele. O futuro é incerteza, infinitas possibilidades
Bilhões de agoras nos trouxeram para o agora. Ao invés de trazer a riqueza do passado para o presente, perdemos o presente e fugimos para o passado. Sair do presente é como uma peneira que deixa sair energia.
O mais poderoso recurso é estar presente. Só se pode ter um relacionamento no presente. Haverá um momento que o outro fará algo que não gosto, mas se eu me mantenho comigo mesmo, qualquer coisa que o outro fizer não me afeta.
Quando estou com raiva dou parte de mim para o outro. Se eu cresço, o outro diminui, se eu diminuo o outro cresce. Guimarães Rosa escreveu “Ter raiva é deixar o outro ficar tomando conta da idéia da gente e isso é falta de soberania e farta bobice.”
Pense em uma situação em que sai do presente e perceba que emoções aparecem, para onde vai e o que pode fazer para retornar ao presente? Primeiro observe para onde está indo (futuro, passado, eu, outro) e como retornar ao presente. O outro aqui pode ser uma pessoa, Deus, uma coisa, um problema, dinheiro etc.
O fato de tomar consciência já é um movimento para o presente. Que sentimentos estão lhe afastando e que recursos já tem para aceitar o sentimento?
Um dos frutos de retornar do futuro, além de voltar para o presente, é o desapego dos resultados; de retornar do passado é o perdão; de retornar do eu ou do outro é a aceitação, empatia e compaixão. E o resultado disso tudo é alegria, disponibilidade, mente clara, senso de conexão, leveza e respeito pela vida. A meditação é um bom caminho para iniciar essa jornada.
17 junho 2009
Profundidade
Meu mundo. De onde estou a partir ? Para quero ir ? Como chego lá ? Minha profundidade nada mais é do que a base de minha acção.
Neste exacto momento, 256.865 pessoas jogam Poker online, 7.724.843 ensinam crianças a escrever, 14.760 compõe melodias no piano e 941 meditam em silêncio contra a parede, estes ultimos são muito poucos....
Mais de 99% do mundo passa desapercebido, simplesmente porque estamos muito ocupados com nossos próprios dilemas. Somos escravos de nossas preferências (”gosto” e “não gosto”) e sequer lembramos como tais personagens se formaram ou quando assumiram o controle de nossa mente. Somos marxistas, benfiquistas e contra a pena de morte... Gostamos do Telerural, odiamos acordar cedo.
Essa fixação a certas referencias deixa-nos encapsulados e limitados a um número específico de acções, em contacto com uma quantidade muito pequena de seres e universos, incapazes de acessar outras práticas, modos de ser, sensações, emoções, visões.
Há um vasto mundo fora de nossa mente! Apenas um exemplo: Um amigo liga-me contando a sua mais recente aventura extra conjugal, fala-me de seu deslumbramento amoroso, ri alto ao descrever suas cenas.
Mas o que é mesmo uma aventura amorosa extra casamento? Em meu mundo actual, na pele congruente do homem que procuro ser, no verdadeiro walk the talk,. A ideia de algum deslumbramento amoroso com outra mulher que não a minha... não passa disso mesmo, uma ideia, uma fantasia, tão infantil como tantas outras. Mas perigosa se solta na mente, há procura de realidade.
Felizmente, meu horizonte do real termina antes. Minha realidade não tem espaço para isso.
A procura de sexo junto de outra, isto indica-me que algo não está bem. Prefiro ir á procura do como é que isto aconteceu, do que a solução rapida e por vezes tão facil dos braços de uma pessoa que procura tambem o quick fix emocional.
Alguém pode ser considerado superficial por não se aprofundar em nada, mas esse sentido convencional (focado no objecto) não é tão interessante quanto a ideia de superficialidade como sendo uma restrita espacialidade do sujeito.
Se prestarmos atenção no que estamos tentando expressar quando dizemos que alguém é superficial, veremos que criticamos o tamanho de seu mundo, não sua capacidade de análise. Isso explica por que existem pessoas extremamente profundas que são iletradas e pouco inteligentes.
A pergunta correta é: qual o tamanho do mundo em que você vive?Alan Wallace sempre recorre a essa frase de William James: “For the moment, what we attend to is reality”. Ou seja, nosso mundo é do tamanho do nosso foco de atenção.
É como se nossa consciência flutuasse por diferentes níveis de percepção que desvelam diferentes níveis de realidade (o que Ken Wilber chama de “centro de gravidade”).
“Macbeth exists, but not for my dog. Cells with DNA exist, but they can only be seen by subjects using microscopes [...] Nirvana exists, but not for a dualistic state of consciousness, and so on. Phenomena ex-ist, stand forth, or shine only for subjects who can enact and co-create them.” (Ken Wilber).
No entanto, isso não significa que nossa realidade sensorial é apenas uma alucinação, ou que carregamos um mapa mental com interpretações subjectivas de um universo exterior comum a todos. Essas duas visões são extremas: uma nega totalmente o mundo exterior, a outra afirma sua solidez com ingenuidade.
Uma visão mais interessante apenas acrescenta uma frase ao senso comum: nós estamos dentro do mundo tanto quanto o mundo está dentro de nós. Ora, quando nos relacionamos com alguém, de fato não estabelecemos contacto lá fora, mas com a pessoa que surge em nosso mundo, em nosso espaço sensorial.
Para testar essa ideia, passe uma semana se relacionando com a imagem de alguém em sua mente (lembrando as qualidades positivas, por exemplo). Depois, encontre essa pessoa e veja como a relação mudou, como a pessoa surgirá de outra forma. Se procurar as qualidades negativas, criará e se relacionará com um monstro – e a outra pessoa vai agir como tal! Se procurar as positivas, ela lhe parecerá muito mais simpática…
O outro nos constrói e é por nós construído. Se assim não fosse, nunca teríamos registos dos famosos casos de velhos amigos que de um dia para outro, se apaixonam loucamente.O outro talvez esteja mesmo dentro de nós e por isso conseguimos sentir o que ele sente, ver o que ele vê, ouvi-lo sem que ele fale.
Porém, como a origem das alegrias é sempre a mesma das complicações, temos aqui um grande problema! Se nosso mundo não tem espaço para o outro, a relação é impossível ainda que ele esteja bem à nossa frente. Ele vem com suas visões, acções, maneiras de agir, histórias, emoções, palavras, sons. Quanto disso tudo cabe em nossa percepção? Quando ele nasce para nós, ele está inteiro ou está com apenas 10% de si? Sem querer, mutilamos muita gente.
Não oferecemos vastos espaços emocionais e cognitivos para que outros possam se apresentar. Nosso ambiente é estreito demais para validar fenómenos de outros mundos.Enquanto muitas pessoas deixam 90% de si em casa porque sabem que não serão vistas se saírem completas aos encontros, existe também o processo inverso: o outro vê 1000% e mais algo!
Qualquer pessoa apaixonada conhece bem a sensação de expansão de mundo que ocorre apenas pela presença do parceiro. O outro aproxima-se e eu começo a ver o que antes não via. Isso ocorre porque nós não andamos todos em um só mundo. Nós andamos em mundos. Quando conhecemos alguém, somos iniciados em um universo completo de árvores, carros, ruas, pensamentos, janelas, barulhos.
O outro não vem só com dois olhos, uma boca, duas pernas e algumas ideias novas. Não, o outro vem, traz seu universo inteiro, coloca dentro de você e então, magicamente, você começa a ver novas coisas lá fora. Ele coloca uma lua que não tinha e a aquela lá longe no céu começa a parecer diferente. O universo dele também inclui uma nova pessoa igualzinha a você. É com essa pessoa que ele vai se relacionar quando se dirigir ao seu corpo.
Ele vai acolher, com um sorriso, 100% de tudo o que você é e já foi. Todos os erros, acertos, problemas e virtudes. E ainda vai deixar um longo espaço para você ser mais, existir mais. Um abraço no seu passado e uma condução para seu futuro. É assim que ele vai construir você.
De repente, você fará algo que nunca se imaginou fazendo, sentirá subtilezas nunca acessadas, ficará imerso em um fresco que lhe deixará renascido. De fato, você terá nascido de novo.No momento em que nascemos para alguém e renascemos para nós mesmos, um processo delicioso e cruel se inicia.
Começamos a compartilhar mundos e construir sensações, objectos, identidades ali dentro. Vemos filmes, costuramos histórias, recontamos nossa vida inteira (para que ela possa ganhar outras cores aos olhos do outro), coleccionamos orgasmos e compramos juntos uma máquina de lavar roupa. Sentimos que aquele novo personagem é, enfim, nosso verdadeiro eu! Tudo dentro do nosso mundo compartilhado. Angelical, inesquecível, apaixonante… até a crueldade aparecer. Basta um “chega! Não quero mais ficar nesta relação”. O outro nos abandona e se vai.
Mas ele não leva apenas seu corpo para fora do nosso mundo. Ele leva filmes, orgasmos e CDs. Ele leva nossa história de vida recontada e o universo inteiro no qual nós estávamos vivendo! Mais ainda: ele leva-nos embora de nós mesmos, destroçando nosso “verdadeiro self” que demoramos tanto para encontrar.
Mundos e identidades interpenetradas. Somos profundos ou superficiais na medida em que nos comportamos dentro desse processo de nascimentos e mortes. Nossa profundidade é o espaço que o universo tem para nos invadir com seus ruídos, com suas artes e movimentos. Nosso mundo interno tem as mesmas dimensões da realidade que surge aos nossos olhos. O mundo nos entrega exactamente aquilo que podemos abraçar.
No lugar em que você vive, quantas pessoas jogam Poker? Quantos meditam contra a parede? Qual a população total? Quantas pessoas estão tendo orgasmos agora? Quantas pessoas nascem completas, sem mutilações? Qual o tamanho do seu mundo?
Prática inicial:
O treino em profundidade pode ser dividido em duas camadas. Na primeira, trabalhamos com nossas identidades e mundos directamente, por dentro e por fora. Na segunda, ignoramos identidades e mundos e vamos directo à base.
A prática da primeira camada é a mais simples. Sabendo que o nosso mundo interior é precisamente o universo todo que aparece ao nosso redor, temos duas direcções possíveis para expandir nossos mundos. Para expandir nosso espaço interior, desbravamos todos os locais fora de casa: viajamos para outros estados e países, entramos em bares e casas, conhecemos pessoas diversas, conversamos com pacientes terminais, caminhamos pelas ruas e feiras de um bairro distante.
Para aumentar nosso mundo externo, exploramos nossa própria mente: ouvimos músicas, lemos todos os livros que encontramos, imergimos nas artes, aprendemos linguagens, construímos labirintos de pensamentos, decoramos pequenos poemas. Uma bela praia, a mente ganha vastidão. Um filme profundo, a realidade inteira muda. Como a causalidade é mútua, actuamos dentro para mudar fora, e fora para mudar dentro.
Por mais fascinante que seja o desbravamento de realidades interiores e exteriores, isso não tem fim! Chegará um momento em que a multiplicidade de experiências não mais conduzirá a um aprofundamento de nosso centro de gravidade.
O mundo se amplia, sim, e com ele nossa confusão e dispersão. A fonte autêntica de profundidade não é nenhuma experiência privilegiada, mas a própria fonte de experiências e mundos. Por mais amplo que nosso mundo possa ser, sempre terminaremos por mutilar outros seres. Para oferecer espaço a qualquer experiência, nosso centro de gravidade não pode estar vinculado a um mundo específico.
Temos de manter um pé dentro e outro fora do mundo.No treino em liberdade, a meditação ajuda a superar os automatismos e as respostas condicionadas. Da perspectiva da prática da profundidade, a meditação promove o fortalecimento de nossos pés em uma base anterior às complicações. Um homem profundo não está no mundo tanto quanto o mundo está nele.
Sua âncora é o próprio espaço. Livre de um mundo específico, ele pode habitar ou receber qualquer mundo. Pois é isso que acontece em qualquer relação: oferecemos nosso mundo enquanto gentilmente adentramos o mundo do outro.
Qual mundo você oferece às pessoas que conhece? Em qual mundo você as faz nascer? Em qual mundo elas convivem com você? Quais áreas dos outros você não consegue tocar? Um homem superficial vive em um mundo com 13 ou 14 pessoas, mais os jogadores da sua equipe de futebol. É só isso que ele tem a oferecer e é somente tais territórios que ele percorrerá nos outros.
Quando os pais de sua esposa morrem, o homem superficial não sabe bem o que dizer. Por outro lado, um homem profundo vive em um mundo com 6 triliões de seres. Se as coisas vão mal para ele, há mais de 5 triliões de seres com os quais se alegrar. Quando os pais de sua mulher morrem, esse homem tem ao seu lado todos os grandes sábios da humanidade.
Em sua mente, se encontram visões budistas e toltecas, existencialistas e spinozanas. Com sua simples presença, o homem profundo adiciona riqueza e vastidão a qualquer acontecimento. Quando o procuram, as pessoas não querem conselhos, elas querem apenas que o acontecido exista em um universo amplo.
Elas mesmos querem existir em tal universo profundo e por isso se apresentam a ele.Quanto mais profunda for sua base, mais eventos e seres poderá abraçar. Quando outros precisarem de sua ajuda, quanto maior seu mundo, mais saídas, novas identidades, esconderijos e abrigos você poderá proporcionar.Contemplação em três temposQue a prática comece agora. Colocamos Bach para tocar: Ária da Suite Nº 3 para Orquestra.
Uma versão diferente, seja no violoncelo, no violão ou na voz de Bobby McFerrin. Sentamos e respiramos pelo abdómen. Todo o nosso passado começa a passar como um filme na mente. O dia de ontem, meses atrás, nossa infância, cenas que nunca vamos lembrar, flashes do que não vivemos, o passado antes de nosso passado, as décadas, os séculos.
Viramos animais, células, átomos. Big Bang. Antes do Big Bang… Nossa mente contempla e inclui tudo. O passado desenrola em nosso espaço. Tudo é quase inexistente de tão límpido.A próxima música é de Wim Mertens: Struggle For Pleasure.
Agora é o presente que se mostra e se desfaz. Uma tensão entre movimentos rápidos e lentos faz surgir todas as imagens de nosso mundo actual: o pessoal do trabalho, a namorada, os amigos da Internet que você nunca viu, as guerras do outro lado do planeta, os actores da TV, sua família, seu vizinho que você não conhece. Você olha com olhos de extraterrestre para cada detalhe.
O movimento é frenético, nada permanece. Há apenas espaço… e música.A terceira contemplação acontece ao som de Lotus Feet ( com o grupo Shakti ou com Paco de Lúcia), de John McLaughlin. Nós já não estamos em um mundo. Como uma flor de lótus invertida, nossos pés se sustentam em uma espacialidade infinita e nossas mãos tocam todo o lixo do mundo.
Olhamos para todos os lados e os mundos seguem rodopiando dentro da mandala da confusão. Cada um com uma história de vida, amor e morte. Quando a música acaba, podemos continuar brincando de deuses da vastidão. Cada ser que passar por nós receberá um espaço no qual ele poderá se esticar inteiro, um vazio que pedirá para ele se descobrir assim também, pura abertura.
Nosso presente será em forma de novas visões, novos universos, linguagens, construções. Será em forma de poesia e vai encher de detalhes as experiências mais comuns. Ao agir a partir da base, ofereceremos densidade. Por não estarmos localizados em nenhum mundo específico, nosso pé pra fora concederá ares de mistério não só a nós como a tudo o que presenciarmos.
Mas nosso presente não será nada disso! Vamos nos abrir e deixar o outro entrar, inteiro. E vamos penetrar o outro por completo. Nosso presente será a profundidade desses dois mergulhos.....
Muito Obrigado pela vossa atenção !!!
Deveria ter sido fácil ler estas palavras, mas provalvelmente, não foi....
Hugo Sanina