Padrões de pensamento social e
a transformaçãodo comportamento social inconsciente
José FigueiraJá Korzybski dizia: Não é o mundo que cria problemas psíquicos nas pessoas. É sim a maneira de como as pessoas se representam o mundo!
O desenvolvimento pessoal, a psicoterapia e o coaching, tanto individual como para organizações, devem ter pois como fim a transformação da imagem do mundo do cliente.
O Panorama Social Mental não vem da América, é finalmente uma criação genuína nascida no solo europeu por um tal psicólogo formado em psicologia clínica e social, Lucas Derks, que está trabalhando com colegas da Alemanha, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Polónia. É um resultado de investigação e modelagem, do desenvolvimento e da aplicação da Programação Neurolinguística (PNL) e não é uma aplicação qualquer. É sim, para compreensão daqueles que já tiveram o privilégio de experimentar o impacto da Programação Neurolinguística, uma aplicação da PNL a 100%.
A pergunta tanto em PNL como no Panorama Social é a mesma: como se pode transformar rapidamente a maneira de como eu mesmo ou o cliente se representa o mundo, como transformar a forma de como nos representamos a nós mesmos e nos representamos na nossa relação com os outros de modo a realizarmos mais facilmente os nossos objectivos e alcançarmos um alto grau de satisfação pessoal?
A resposta mais imediata do Panorama Social está inserida no pressuposto: a localização de mim e do outro que inconscientemente é projectada no meu espaço mental de 360º a 3 dimensões, determina a minha relação com o outro.
Ora desde os anos 70 que a PNL fornece os meios para finalmente podermos explorar esta relação que se processa ao nível do inconsciente. O Panorama Social Mental explicita e dá um passo ainda maior na exploração e transformação destas relações.
Muitos dos problemas psicológicos fundamentais que experimentamos no momento actual têm a ver com a posição da mãe ou do pai, muitas vezes do irmão ou da irmã, do avô ou avó, do namorado ou namorada, do companheiro(a), do patrão, do chefe e até dos antepassados. Tem a ver sobretudo, com a posição que nós mesmos tomamos neste todo. Ora as técnicas da PNL e do Panorama Social Mental em particular, têm como fim literalmente reajustar posições de modo que nos ajudem a determinar para nós mesmos uma vivência tal para que possamos afirmar no fim de contas que a vida valeu a pena ser vivida.
A intervenção mais simples e rápida em coaching, terapia ou qualquer sessão de auto-desenvolvimento pode muito bem ser muitas vezes uma sugestão directa – o que equivale a uma simples mudança de localização. Imagine no seu panorama mental algo que até agora oferece dúvidas, repentinamente colocado numa posição central. Muito possivelmente o mesmo facto passou num décimo de segundo a ter outra significação. Pessoas experientes de PNL conhecem o efeito imediato do distanciamento, deslocação, redução de tamanho e abaixamento posicional dum “agressor” ou duma qualquer outra figura menos simpática das nossas relações – ora até agora, que eu saiba, nunca foi explorado o espaço mental da experiência social subjectiva a 3 dimensões como Lucas Derks o fez – é a este espaço mental da experiência social que chamamos “Panorama Social Mental”.
O Panorama Social é povoado por “personificações”. De forma inconsciente criamos estruturas de pensamento sobre os outros e damos a essas estruturas um lugar no disco rígido do nosso computador cerebral. A partir daí o outro passou para sempre a povoar a nossa vida. Delete é impossível. Trata-se duma imagem a que atribuímos determinadas sensações e características. Quando vimos o outro, a imagem que criámos do outro é activada. A nossa reacção ao outro está em correlação directa com a imagem que fazemos do outro, da personificação do outro, e da personificação que faço de mim. E o outro faz o mesmo.
Personificar é pois criar uma imagem de mim e do outro. Dar à personificação do outro um lugar na minha memória, um lugar em relação a mim.
A localização é a base da existência. Se eu ou o outro não tem um lugar, então não existe. “Fantasmas” existem simplesmente pelo facto de que têm lugar na nossa mente. No fundo a discussão sobre a existência ou não de “fantasmas” já podia estar fechada. O importante é como os “fantasmas” funcionam. Estão ou não ao nosso serviço? E como é que os pomos ao nosso serviço no nosso Panorama Social Mental ou no nosso “Panorama Espiritual”?
Quais são os padrões específicos que determinam a minha auto-imagem? Como posso fortalecer o meu Eu? Como posso deslocar as imagens negativas de mim para outro lugar da minha Paisagem Social Mental de modo que a negatividade seja atenuada? Que recursos tenho ao meu dispor para oferecer àquela imagem ainda fraquinha de mim naquele canto obscuro do meu panorama mental? E no momento em que, por exemplo, desloco ou, se isso não for suficiente, ofereço a essa imagem os recursos de que precisa, a auto-imagem muito possivelmente desloca-se automaticamente na paisagem mental a 3 dimensões e, se calhar, de repente cresce e adquire nova cor.
Como construímos o poder e a autoridade? Qual é o segredo da autoridade sobre os outros? Ou como damos autoridade aos outros? O pressuposto básico em questões de poder e autoridade é precisamente que a “representação domina a interacção”. Não há ninguém que tenha poder sobre nós se não tivermos colocado de antemão a personificação numa posição privilegiada de poder no nosso Panorama Social. A posição em que colocámos a personificação do outro no nosso panorama, domina a imagem que temos de nós. É este o segredo da autoridade e do poder de mim e dos outros.
E o que fazemos com pessoas, fazemos com grupos. Como personificamos grupos? Com que atributos? Atribuímos à personificação do grupo, no nosso Panorama Social Mental, todos os atributos que consideramos humanos? Todos os atributos são importantes, mas no nosso Panorama Social Mental há um local especial para grupos privilegiados e há um lugar específico para os adversários e supostamente perigosos. Desloque, se ainda os tem, os supostamente perigosos para o lugar dos socialmente agradáveis, faça um cocktail e muito possivelmente descobrirá que o mundo pode ser ainda mais agradável do que até agora supunha.
A base da nossa personalidade reside muito provavelmente na maneira como o Panorama Familiar Mental está organizado num determinado período da vida. O Panorama Familiar Mental forma uma das mais poderosas bases para uma transformação radical. Oferece, duma forma altamente eficiente, uma versão alternativa pura e simples da PNL para as surpreendentes Constelações Familiares de Hellinger, com uma grande vantagem, sem a necessidade de ter que recorrer a representantes.
Acima do Panorama Social Mental situa-se o nosso Panorama Espiritual, povoado por defuntos, anjos, deuses, fantasmas, etc.. A deslocação duma pessoa falecida para uma localização mais pacífica no Panorama Espiritual pode ter uma influência altamente benéfica em problemas relacionados com luto.
O Panorama Social pode ser empregue ainda em formação, em teambuilding e em organizações. Muitos dos problemas dentro de organizações têm a ver com as representações que os membros da organização têm de si mesmo e dos outros. Não é provável uma transformação sólida duma organização sem transformar o Panorama Social dos seus membros.
Tal como toda a PNL, o Panorama Social Mental é um modelo que não tem pretensão de Verdade. Parte unicamente de pressupostos, mini-teorias que se afiguram muito úteis na prática. Um dos pressupostos que tem levado a muitas especulações metafísicas em intervenções noutras disciplinas é o pressuposto do efeito que a transformação individual tem nos outros. Se modificamos no nosso Panorama Social a personificação do outro, isso terá inevitavelmente consequências no nosso comportamento verbal e não-verbal que será certamente apercebido pelo inconsciente do outro. A directa consequência será que muito possivelmente o outro modificará de forma automática a sua atitude...
Fonte: http://www.pnl-portugal.com/
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