05 outubro 2008

Meditação: stress ao controle da mente


Quando o cérebro emocional não está funcionando bem, o coração sofre e se desgasta. Essa relação funciona em mão dupla - o coração acaba por influenciar o nosso cérebro também. Alguns cardiologistas e neurologistas chegam a se referir a um "sistema cardíaco-cerebral", que não pode ser dissociado. A harmonia desse sistema pode ser obtida por um método simples, com efeitos que incluem, até, um retardo parcial do envelhecimento: a regulação da coerência cardíaca.
A coerência não é um estado de relaxamento no sentido convencional. Ela não exige se retirar do mundo, mas balancear a resposta emocional mesmo em face de circunstâncias exteriores menos do que ideais, usando técnicas tradicionais usadas em ioga: atenção, meditação e relaxamento. Concentrar seu foco na respiração, visualizar mentalmente o fluxo do ar dentro do corpo e tomar consciência das reacções do coração (temperatura e bem-estar) são os passos para deixar o sistema em harmonia. Na Universidade de Stanford, um estudo demonstrou que o método reduz a incidência de doenças emocionais, além de ser um tratamento indicado para insuficiência cardíaca. O sistema imunológico como um todo se beneficia.

O stress crónico produz ansiedade e depressão, além de ter impactos negativos no corpo: insónia, rugas, pressão alta, palpitações, dores nas costas, problemas epidérmicos e digestivos, infecções crónicas, esterilidade e impotência sexual são alguns deles. Aprender técnicas de meditação pode ajudar os praticantes a reduzirem tanto os efeitos psicológicos quanto os físicos, afirma pesquisa da Universidade West Virginia, nos EUA.

A prática também diminui a pressão sanguínea pela redução da constrição dos vasos e, em consequência, diminui o risco de doenças cardiovasculares. Em Maio deste ano, um relatório publicado pelo American Journal of Cardiology reporta que a meditação transcendental aumenta a expectativa de vida e reduz o risco de morte por causas gerais em 23%. Se consideradas apenas as enfermidades cardíacas, o número sobe para 30%. Mortes por câncer são reduzidas em 49%.


Fonte: Revista Galileu (globo.com)

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