Artigo Revista ISTOÉ - Brasil
A Meditação chegou ao Ocidente como mais um item da lista de atracções exóticas do Oriente. Hoje, está se transformando em um dos mais respeitados recursos terapêuticos usados pela medicina que conhecemos. Está se falando aqui da meditação, uma prática milenar cujo principal objectivo é limpar a mente dos milhares de pensamentos desnecessários que por ela passam a cada minuto, ajudando o indivíduo a se concentrar no momento presente. É por essa razão que um de seus benefícios é o de ajudar as pessoas a lidar com sentimentos como a ansiedade. Mas o que se tem visto, de acordo com as numerosas pesquisas científicas a respeito da técnica, é que a meditação se firma cada vez mais como uma espécie de remédio – acessível e sem efeitos colaterais – indicado para um leque já amplo de enfermidades: da depressão ao controle da dor, da artrite reumatóide aos efeitos colaterais do cancro.
Confira o que as pesquisas mais recentes descobriram a respeito da Meditação
Cérebro
- Pessoas que meditam há muito tempo apresenta maior volume de massa cinzenta na córtex orbitofrontal, associado ao raciocínio. Também possuem hipocampo e tálamo, vinculados ao processamento das emoções, maiores. Os achados explicam porque, em geral, os praticantes alcançam níveis mais altos de concentração e lidam melhor com os sentimentos.
Distúrbios Psiquiátricos
- O método mostrou-se eficaz para o tratamento da depressão a longo prazo. Ele ajuda a evitar recaídas e melhora a qualidade de vida.
- A prática reduz sensivelmente a ansiedade e o stress. Um trabalho publica na revista científica "International Journal of Psycholphysiology" feito com 50 estudantes universitários confirmou a ação.
- Experiências recentes mostram que a meditação é um recurso eficaz no tratamento da hiperatividade e déficit de atenção.
- Seu uso regular combate a insónia
- Na Inglaterra, houve uma experiência positiva com sua indicação no tratamento de mulheres com distúrbios alimentares. Entre eles, bulimia e compulsão por comida.
- Nos EUA, também houve bons resultados no atendimento a portadores de dependência de drogas.
Músculos, Tendões e Articulações
- Apenas 20 minutos de prática a cada 3 dias pode reduzir as dores nessas estruturas.
- Os benefícios são estendidos aos portadores de artrite reumatóide. Ela melhora a condição emocional dos doentes e parece diminuir, indirectamente, a inflamação.
Coração
- Pacientes com doença coronariana que fazem meditação transcendental têm 47% menos chances de morrer de infarto. Entre outros motivos, eles apresentaram diminuição de cerca de 5mmHg na pressão arterial.
Sistema Imunológico
- O método ajuda no fortalecimento do sistema de defesa do organismo. Isso ocorre indirectamente como consequência da diminuição do stress que ele promove. Como se sabe, o stress prejudica a produção e o funcionamento de células de defesa importantes, como os linfócitos CD-4. Portanto, quanto menor a tensão, melhor a actuação do sistema imunológico.
Envelhecimento
- Uma nova linha de pesquisas investiga os efeitos da técnica no adiamento do envelhecimento. Há indicações de que isso pode ocorrer. Uma das razões seria a sua acção na redução de processos inflamatórios, sabidamente associados ao envelhecimento precoce das células.
- Também deseja-se saber se ela tem actuação sobre os telômeros, espécie de capas protetoras dos cromossomos cujo comprimento da uma dimensão do nível de envelhecimento celular do organismo. Quanto mais comprido, mais longevo o corpo.
Cancro
- Está provado que ela atenua significativamente os efeitos colaterais da quimioterapia.
- Também reduz a dor provocada pela doença.
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